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Organizações contemporâneas


*Marco Dalpozzo


Vivemos na era das organizações contemporâneas, onde o sofrimento dos atores organizacionais se torna cada vez mais evidente. Temas como o impacto da inteligência artificial, aquecimento global, reestruturação das cadeias globais de suprimentos, inflação elevada, recessão econômica, riscos geopolíticos e mudanças na forma de trabalhar desafiam as empresas como nunca. Questões como disparidade de gênero e raça na economia persistem, e a saúde mental se torna um tema central nas discussões corporativas. Mas, por que sofremos tanto? Se temos as melhores condições organizacionais da história, por que tantas pessoas se sentem infelizes e recorrem a medicamentos contra depressão e tristeza?


Nas organizações industriais, os chefes eram autoritários, os procedimentos rígidos e o ambiente persecutório. Mas, por mais limitadas que fossem, essas estruturas ofereciam segurança e direcionamento — ainda que repressivas. Hoje, ao derrubá-las sem as substituir por uma nova ideia forte, criamos um vazio institucional. A horizontalidade do poder trouxe liberdade, mas também desorientação e sensação de orfandade. Questões como “Quem é meu chefe?”, “Como serei avaliado?” e “Para onde vou?” ecoam na mente dos trabalhadores modernos.


Frederic Laloux apresenta o conceito das Organizações TEAL, Michael Thushman & Charles O'Really o de Ambidestria aplicado às organizações, modelos evolutivos, que promovem produtividade sem hierarquia e busca o bem-estar coletivo, a eficiência junto com a inovação. Organizações em movimento contínuo, inteligentes, mas, contudo, esses modelos mais complexos ainda são uma utopia para a maioria, com poucas organizações alcançando essa transformação e maturidade.


A transformação cultural e a inclusão, a saúde mental e o desenvolvimento humano são os principais temas atuais das organizações. Embora pesquisas e debates avancem, ainda não temos uma ideia sólida para substituir o antigo modelo organizacional hierárquico funcional com outro. Buscamos um equilíbrio complexo entre resultados de curto, médio e longo prazo, refletindo os conceitos do ESG (Ambiental, Social e Governança), entre eficiência operacional/performance e inovação e criatividade.  Este novo equilíbrio está ainda longe de ser alcançado.


Porém, o medo diante do desafio de inovar nos leva a recuar para o conforto do conhecido. A engrenagem performática das organizações permanece rígida, impedindo o verdadeiro maravilhar-se, a beleza do novo, do desconhecido.


A verdadeira transformação exige uma liderança aberta e atenta, mais inteligência humana aplicada, não menos e não substituível, que compreenda e acolha, que peça e confie, que reconheça e agradeça, que busque o amanhã hoje com seus colaboradores, tripulantes de uma viagem para o futuro. É preciso fluir com os tempos, adquirindo novas habilidades para um mundo que não espera. Talvez, só assim possamos transformar potencial em competência, e competência em resultados genuínos.


As Organizações continuam cheias de potenciais humanos, a leadership a capacidade e desafio de deixa-los decolar


A Urgencia das Emoções


"Acostumados a caminhar nas áreas do incerto e praticando o diálogo com a metáfora da utopia sumindo com frequência da cotidianidade, agora nos encontramos com um bom nível de experiência. Nos tornamos "bons exploradores". Talvez aprendamos a navegar grandes rios, explorar florestas que ninguém ainda percorreu. Não precisa de forma alguma se agitar por isso. Agora podemos finalmente caminhar com passo leve, o pior passou. Podemos ate` sentar, sem grandes perigos, podemos deixar escorregar em cima de nós serpentes apesar de venenosos e aranhas obscuras, podemos evitar mosquitos e podemos muito bem comer carne de jacare`, chocolate, vanila e crepes-suzettes Grand Marnier. Podemos fazer quase qualquer coisa, porque caros amigos, como a gente dizia, nos tornamos velhos e navegantes em oceanos muito abertos. O fato e`que o medo passou, quro dizer, o medo de ter que atuar, representar ou nao dever atuar/representar algo ou alguém, seja elite o mendigos, sejam tradições que vesperos religiosos. Nos passou o medo que o passado nos obriga e também aquele ainda mais agressivo que nos envia o futuro"


Ettore Sottsass, Memphis: The New International Style


Até a Proxima!


Marco Dalpozzo




Marco Dalpozzo é "especialista em People Strategy, Mentoria, Organization Design, Cultura Organizacional e Processos de RH e psicossocioanalista.

Economista pela Università degli studi di Bologna, com MBA em Business Administration pela Università Bocconi di Milano e especialização em Psicossocioanálise pela Associação Italiana de Psicossocioanálise (ARIELE).

Foi diretor de RH da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e CBF Academy, L’Oreal Brasil, Vale S/A, Parmalat Brasil e KIBON (pela Unilever). Professor convidado da Fundação Dom Cabral e membro do Conselho Consultivo do Coppead. Sócio da Consultoria Organizações Contemporâneas e Co fundador da Ariele Brasil."

 
 
 

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