O novo RH... de novo!

Luiz Augusto Costa Leite

Desde o depto. de pessoal, atravessamos várias gerações de modelos de gestão de pessoas para atender a demandas semoventes da sociedade e de cada sistema organizado. Uma sucessão de novos.

E agora, que outro novo é esse?  Que outra realidade está nos impelindo a fazer as malas? 

Mais um modelo, real e virtual. RH agora também abraçando a tecnologia.

É até compreensível que fôssemos dependentes dos ditames vindos de fora, dadas as circunstâncias.

Estamos face a um novo e radical modo de ser, conviver, trabalhar, produzir, entregar, realizar e, nunca esquecer, inovar.

Se não chegarmos a tempo, as oportunidades que surgem de todos os lados e origens, restará lugar no último vagão.

 As novas tecnologias aplicadas são transformadoras. Estão mudando a formulação de todo o composto organizacional, da estratégia à cultura.

Processos decisórios, agentes virtuais, comunicação por redes, lideranças duais, estruturas ágeis e transitórias, processos automatizados, enfim, um outro contexto.

As tecnologias são fruto de contextos variados em seu desenvolvimento, mas determinantes. Um novo misto de meio & fim.

E Cultura Organizacional é produto do contexto. Escolhemos as tecnologias para sobreviver e avançar em ambientes não lineares, com decisões que têm corpo, , espírito, pressupostos e destinações.

Como fica papel de RH, em tal começo, meio e fim da circulação organizacional?

A grande transformação em RH está em influenciar toda a movimentação da tecnologia na organização. A cabeça do profissional que receberá as novas tecnologias em seu trabalho, não pode ser a mesma de antes, improdutiva depois. É desde aí que RH assume talvez seu principal papel: aflorar um outro modelo mental.

Para tanto, ser protagonista e não mero facilitador.  Precisa estar ativo em todos os níveis em que se fizer presente. Todos.   Voz e voto, convicto, compreensivo das realidades, com sua marca registrada, a colaboração.

 Desde Heráclito, sabemos que o rio não passa duas vezes no mesmo lugar.

A livre circulação de informações possibilitadas pelas tecnologias abre oportunidades e perspectivas talvez nunca antevistas.

Tantas são as razões para RH - além de abraçar, alimentar-se e mergulhar no nível de profundidade tecnológica a seu dispor, praticar os valores de “pessoas antes da tecnologia”. Entender que RH também é tecnologia.

Se alguém tiver dúvidas, basta acessar o que disseram no recente SXSW.

Como disse Gilberto Gil: a seta do tempo é para frente.

Um novo . . . De novo.

*Luiz Augusto Costa Leite é administrador, consultor de organização, coordenador do GRHRio e membro dos Conselhos Deliberativo da ABRH-RJ, Consultivo do Camp Mangueira, de R.H. e D.O. da ACRJ e voluntário no Ecossistema Brasil Digital para Todos.